Torre Eiffel

A garota estava cansada de ficar rodando pelas ruas de Paris, sem ter o que fazer. Não havia conhecido ainda a torre mais famosa de toda França, e pôs-se a andar para ir de encontro com Eiffel, a torre. Trajava uma calça jeans que definia bem seu corpo, surrada, e uma blusa branca normal. uma bota bege por cima da calça, dava um look mais normal a garota. Suspirou então se aproximando da enorme torre e olhou para cima, tentando enchergar sua ponta, queria muito poder pegar uma varinha, e fazer algum feitiço ali, para aproveitar a viagem mas, Olivia nao queria chamar muita atenção. Apenas olhava a torre e desviava o olhar para ver as demais pessoas e até turistas como ela, que passavem maravilhados por ali.

Me postei atrás de uma garota de cabelos longos castanhos, queria comprar um ingresso para que pudesse subir naquele monumento. Esperei pacientemente, o que era incrível, a garota comprar seu ingresso e assim que saiu, dei alguns passos a frente, tirando o dinheiro dos bolsos.
- Um.</FONT>
Disse em um sussurro entregando a mulher, e logo pegando o bilhete o mais depressa, e subindo rapidamente as escadas, passando até a menina que estava a minha frente. Sem querer esbarrando na mesma. Só olhei para trás, sem dizer nada, foi mais como um pedido de perdão e assim continuei subindo.

Já estava no segundo nível da Torre. Olhava perdidamente pela França, um pequeno sorriso estampado nos lábios demonstrava que estava adorando aquilo. Gostava de novos horizontes, liberdade, e ter essa sensação de paz era bom as vezes. Se encostou no parapeito um tanto acomodade demais, ao lado havia um casal de velhinhos que curtia a paisagem, e bem ao longe, a menina, que sem querer havia lhe dado um esbarraão. Olhou rapidamente por todo segundo nível da Eiffel, e voltou a prestar atenção na paisagem que lhe tomava a sua frente. Mon amour, é a França. Escrevi mentalmente em um diário pessoal e dei um breve suspiro sentindo a brisa que lhe tocava a face.

O que mais se via em lugares turísticos eram pessoas tirando fotos. Sinceramente, detestava fotos e corria de todas elas. Quando criança sai chorando em praticamente todas, e desde então fujo. Cada pose hilária se via de pessoas fazendo ali para guardar aquele momento por anos. Revirei os olhos, parando em um cara que me encarava muito estranho, já estava acostumada. Caminhei saindo dali e indo para o outro lado da torre. Não queria ser encomodada. Não mesmo.

E aquela súbta sensação de que tem alguem me olhando pairou no ar. Procurei com o olhar por todo o lugar, parando-o vagamente pela moça do esbarrão. Encarei seus olhos, de forma que todo mundo fazia quando me olhava muito. Arqueei a sobrancelha involuntariamente sem desviar o olhar dos da garota. Talvez havia algo de errado com o meu rosto, ou talvez ela queria apenas conversar. Continuei ali olhando-a brigar com a sua cabeleira castanha que caía sobre seus ombros, toda debruçada no parapeito da torre. Bem corajosa por sinal, por que em um susto ela poderia tomar um capote e vuar Torre Eiffel abaixo.

Aquela garota tinha algum problema. Revirei os olhos dando um sorriso largo, já que não tinha ninguém ali que me conhecia. E uma vontada imensa de sentar no parapeito subiu a cabeça. Em pucos segundos ja estava lá sentada, olhando a vista de toda Paris! Se meu irmão estivesse aqui ele iria adorar ver isso.

Fechei os olhos sentindo a sensação de estar em um lugar bem alto era super boa. Sentia então a brisa perfeita que atrapalhavam os cabelos. Um pequeno sorriso no canto dos labios brotava. A vontade de gritar lá de cima era imensa! Abri então os olhos lembrando-me que havia um lugar mais alto ainda ali. Em questão de minutos já subia a escada para o terceiro nível e ja subia no parapeito me sentando da mesma forma que fazia lá embaixo.

Uma das melhores sensações que senti na minha vida, era aquela de estar sentada no parapeito da torre Eiffel, se gostasse de fotos já teria tirado milhares para poder mostrar para papai e os outros familiares as minhas desventuras pelo mundo a fora. Me levantei ficando em pé no parapeito. Algumas pessoas me olhavam como se eu fosse maluca. Dei outro pequeno sorriso com o canto dos lábios, e em um giro, dei um pulo no chao ficando de pé. Sim gostava daquilo, era uma boa sensação sentir-se ao menos dez minutos de sua vida, uma completa lunática.